O termo do acordo de cooperação foi assinado na sede do TRT-PR em Curitiba-PR.

O Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PCTIR/TRT-PR), a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PR) renovaram o acordo de cooperação técnica que tem como finalidade principal a execução do Programa Agrinho. O Agrinho tem como objetivo o desenvolvimento de ações educativas junto às escolas paranaenses voltadas para temas como a construção da cidadania, os cuidados com a saúde e com o meio ambiente.

O termo do acordo de cooperação foi assinado na tarde desta quarta-feira (3), em solenidade realizada na sede do TRT-PR em Curitiba-PR. O Tribunal foi representado pelo seu presidente, desembargador Célio Horst Waldraff e o Programa de Combate ao Trabalho Infantil por sua gestora nacional (Região Sul), a desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão. Já a Feap e o Senar-PR se fizeram presentes pelo seu o presidente interino Ágide Eduardo Perin Meneguette. A idealizadora do Programa Agrinho e principal personagem desta iniciativa, Patrícia Lupion Torres, também compareceu à solenidade.

O TRT-PR e a Faep prestarão consultoria e apoio para a execução do Agrinho, que será executado pelo Senar-PR. O Serviço de Aprendizagem Rural tem como responsabilidades principais a capacitação de professores do projeto, fornecer materiais didáticos e supervisionar a execução do Agrinho nas escolas.

O presidente do TRT-PR, Célio Horst Waldraff, reitera que o trabalho e a exploração infantil estão entre as piores chagas da nossa sociedade, pois destrói o presente e o futuro das crianças e representa um custo para a sociedade. Ele considera que o maior desafio sobre o tema na sua gestão é exatamente desmistificar a ideia de que o trabalho infantil traz algum benefício a quem quer que seja. “O grande obstáculo que envolve este tema ainda é aquela convicção de que o trabalho pode ser um benefício para a criança e adolescente e isso é um erro e um equívoco que precisa ser desfeito sistematicamente. Lugar de criança e adolescente é na escola”, declarou.

A gestora nacional (Região Sul) do PCTIR, desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão, é responsável por diversas articulações interinstitucionais que geram ações voltadas para o estímulo à aprendizagem de adolescentes e combatem o trabalho infantil e a evasão escolar. “Incumbe-nos disseminar na sociedade a conscientização de que lugar de criança é na família, na escola e no orçamento. E diante disso, essas parcerias fazem com que nós possamos implementar essa conscientização. Por exemplo, o termo que nós assinamos hoje com a GRIN é para difundir na sociedade a necessidade de vencermos sempre pela educação. Todas as intempéries serão vencidas pela educação”, disse de forma assertiva.

Pelo Sistema Faep e pelo Senar-PR, o presidente Ágide Eduardo Perin Meneguette considera que a transformação social que o Agrinho promove é o principal efeito do programa. “A gente leva a informação do campo, a sustentabilidade, a importância do trabalho no campo para todos os jovens e as crianças que estão em desenvolvimento, fazendo com que esse movimento dentro das escolas transponha as paredes escolares e transforma em uma sociedade cada vez mais preocupada com trabalho, com desenvolvimento, com a sustentabilidade, com o entendimento do que é a cidade, que é o campo”, falou.

A “mãe” do Programa Agrinho é a professora Patrícia Lupion Torres, que falou um pouco sobre como surgiu a iniciativa. “O Green nasceu em 1995 para atender um problema de relevância social que existia na época sobre questões que envolviam as crianças. A partir daí ele foi crescendo e nós passamos a trabalhar com temas de saúde, cidadania, meio ambiente, trabalho e consumo e fomos desenvolvendo diversas temáticas até chegar hoje e ter uma ampla gama de temas, sendo desenvolvidos. As parcerias são muito importantes porque elas nos levam a discutir todas as questões que estão sendo pautadas por essas instituições, para que nós possamos sempre levar informações atualizadas para as crianças no campo”, comentou.

O Programa Agrinho existe desde 1995 e, desde então, a iniciativa da Feap vem promovendo o combate à evasão escolar, o ensino complementar sobre temas de relevância social e o ensino profissionalizante (aprendizagem) por meio de parcerias com entidades públicas e privadas. O  TRT-PR, por meio do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e estímulo à aprendizagem, é uma dessas instituições parceiras desde 2020.

Texto: Pedro Macambira Filho / Ascom TRT-PR

Fotos: Jason Silva / Ascom TRT-PR

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